Antro Particular

31 outubro 2008

enfim estreamos...

Escrevo depois, pois o cansaço tomou o corpo e a cabeça. Mas sabe o que é dormir sorrindo? Estou assim...

30 outubro 2008

Complexo Sistema de Enfraquecimento da Sensibilidade: making of













fotografias: Patricia Cividanes

28 outubro 2008

Complexo Sistema de Enfraquecimento da Sensibilidade na VEJA SÃO PAULO

Faltam poucos dias...

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Economia da Cultura

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Dois avisos...

Primeiro: a correria da estréia tem ocupado todo o tempo, por isso o blog anda lento. Mas calma, na próxima semana as coisas retornam ao normal... Um pouco mais de paciência.
Segundo: emails agressivos, de qualquer ordem, só serão publicado se constarem uma face. Anonimato é coisa de covarde ou vândalo. E ambos não me interessam nem um pouco, apenas como motivo de desprezo. Quem quer, realmente, questionar ou criticar, faz de cara limpa. Dessa maneira, será devidamente publicado aqui, com quem terei o maior apreço em dialogar. Assim tenho agido com qualquer um. Assim espero que ajam comigo.

23 outubro 2008

Gerald Thomas, um pouco do que vem por aí...

Algumas reflexões minhas sobre o que o Gerald Thomas denominou por "o que temos aprontado no Sesc". Passem pelo blog dele. Afinal, refletir, pensar sobre pode e deve se transformar no nosso maior vício.

20 outubro 2008

Outro bom motivo para estar com tanto sono

rendido ao inevitável

Ontem, um convite. Hoje, durante o ensaio, uma conversa franca. E 2009 promete uma certa parceria delirante. Que saiba um certo amigo. O convite está aceito. Agora é sentar e pedir uma cerveja gelada enquanto as canetas riscam os guardanapos...

Complexo Sistema de Enfraquecimento da Sensibilidade

03:46.
Enfim, a peça está terminada.
Patrick Grant chega em São Paulo dia 23 para finalizarmos juntos a trilha.
Não tenho dúvida de ser este meu melhor espetáculo...

O que te faz calar?

19 outubro 2008

O CÉU CINCO MINUTOS ANTES DA TEMPESTADE: criamos nossas próprias tempestades

Quando em 1999, Antunes Filho abriu o Centro de Pesquisa Teatral para o desenvolvimento e formação de novos dramaturgos, deu início ao processo, há muito diagnosticado pelo diretor, de serem necessários novos escritores para formar uma outra geração de intérpretes. O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade, dá palavra e voz a esse anseio, após o sucesso de O Canto de Gregório. Ambos os textos, frutos do Círculo de Dramaturgia do CPT.

O texto recente coube a Silvia Gomes, em montagem dirigida por Eric Lenate, com atores do próprio núcleo: Carlos Morelli, Patrícia Carvalho, Paula Arruda e Adriano Petermann. Por cerca de 50 minutos, deparamos com uma verborragia cuja falta de argumentação leva as personagens a sucessões de dizeres ora desnecessários, ora patéticos. Mas é disso que trata a peça, dessa falta de comunicação, da perda de nossa capacidade em nos relacionarmos, em termos o que falar. E, nesse universo, Silvia Gomes recria, pela desconstrução do sentido familiar – pai, mãe e filha – uma ambiência beckettiana, conduzida pela direção e caricaturas expressionistas de intensificação sobretudo dos olhos e gestos.

Entretanto, falta um pouco mais de aprofundamento da personagem masculina, o pai, figura responsável pelo desmantelamento do seio familiar e que na narrativa permanece à deriva da problemática, coadjuvando a cena para os solos da filha. O drama se banaliza ao se propor discutir as impossibilidades de reencontro entre os personagens, e acaba por deixar
certo sabor de obviedade, sem muitas outras camadas. Escrever sobre os silêncios e ausências de entendimentos, ainda que por seu oposto (falatório desmedido sem escuta e diálogo), pode ser mais do que simplesmente retratar nossa falta de comunicação. De alguma maneira, a peça parece tentar resolver no texto todos os contextos simbólicos, abrindo mão de ser amplamente metafórica e retirando do espectador qualquer diferente interpretação.

A opção de uma direção calcada na expressão corporal-facial ultrapassa a representação pretendida e esbarra em muitos momentos no caricatural circunstancial de cenas, quase sempre, gritadas, sem muita outra finalidade que não um efeito óbvio de traduzir o título em código. Título da peça, aliás, devidamente mencionado integralmente por uma das personagens, conforme nos aconselha as dramaturgias mais tradicionais.

Se a coerência com nossa época é precisa, por outro lado sobra uma questão a ser debatida. O que assistimos nas duas peças provenientes do Círculo de Dramaturgia, são propostas explicitamente alicerçadas nas estéticas e pensamentos de Antunes Filho. Mesma técnica de atuação, estrutura de encenação, uso da voz, escrita, enfim, até certo ponto, nada de muita novidade e ousadia. Ou mais problemático ainda, nada de muito pessoal. É como se revivêssemos o consagrado diretor, travestido de jovens rostos.

Qualquer processo educativo permeia o risco de fundamentar e se limitar às prerrogativas daquele que o conduz. O que percebemos, agora, com O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade, sem a direção direta de Antunes Filho, é de um continuísmo copista da técnica. O que pode vir a ser problemático e incoerente dentro da proposta que motivara e originara a formação do Círculo.

Se não é possível haver novos intérpretes sem novos dramaturgos, conforme afirmara o diretor; se a cena teatral necessita de fato de uma renovação; se vivemos uma época de idolatrias efêmeras e mercantilização do talento traduzindo em superficialidade instantânea – e tudo isso verdadeiramente diagnostica o hoje com corte cirúrgico –, então os espetáculos surgidos dentro do Círculo de Dramaturgia do CPT, avançam em contra-mão às necessidades reais levantadas por eles mesmos.

Na formação de intérpretes, dramaturgos e diretores que se revelam continuistas de uma estética e pensamento de décadas de existência, cujo trabalho desenhara um rosto preciso em nossa cultura, não chegaremos, então, ao surgimento do outro, do próximo ator-dramaturgo. Ao seguirmos precisamente o mestre, valorizando seus fundamentos como verdades estagnadas, estaremos, no máximo, repetindo fórmulas consolidadas, sem muito que acrescentar.

Alguém dissera certa vez: “O problema das novas gerações é que o Antunes, o Zé Celso e Gerald Thomas, são excessivamente respeitados. Sem o devido desrespeito, estaremos fadados à idolatria cega e simplórias imitações”.

12 outubro 2008

Satyrianas e as loucuras que nos tornam responsáveis e vivos

Cuidado com o que você deseja, pois pode acontecer... Já ouviu esses dizeres? Pois, bem. Minha peça no Satyrianas: 20 motivos para 1 minuto de silêncio. E uma lista impossível: Gero Camilo, Ivam Cabral, Alberto Guzik, Pedro Granato, Vanessa Bumagny, André Santanna, Fernando Alves Pinto e toda minha Cia.
Haja responsabilidade!
E Paula Cohen, outro desejo, ainda no Uruguai. A respiração presa e um suspiro de esperança. Será que devo continuar sonhando?

09 outubro 2008

MELHOR NÃO ENTENDER

Não escrevo mais para o Jornal Gazeta de Ribeirão. E nem me perguntem o motivo disso.
Não publicaram meu último artigo e sequer recebi alguma explicação. Então me despeço por aqui mesmo.
Soube que produtores e agentes culturais diversos reuniam-se para estudar meus artigos, tomando algumas das idéias publicadas como novas propostas de atuação. Tudo bem. Ficam sempre o blog e os encontros como forma de dialogarmos.
Enfim, é isso. Editoria nova, outras opções.
Boa sorte ao jornal...
Obrigado Guilherme e Bonato pelo carinho esse tempo todo.

BOSSA NOVA: palestra no Centro Cultural Rio Verde

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Satyrianas 2008

Minha cena já tem nome e algumas caras:

20 motivos para 1 minuto de silêncio

tenda do Dramamix, sexta, 24/10, às 20h.

com a Cia. de Teatro Antro Exposto (Carol, Diego, Gabriela, Giuliana, Guilherme, Gustavo Sol, Raiani e Tiago) e bons amigos: Gero Camilo, Alberto Guzik, Pedro Granato (como Berlam Berlozo) e outros que anunciarei em breve.