ansioso, à espera de 2009...
Boas surpresas acontecem sem aviso. Assim foi ontem, no Masp, na leitura de O Inferno sou Eu, texto de Juliana Rosenthal, sobre a vinda de Simone de Beauvoir e Satre ao Brasil, na década de 1960. Focando nos pensamentos e idéias de Simone, Juliana constrói delicados diálogos e uma personagem poética e forte. Um texto singelo, nada panfletário. Supreendente no uso do humor, das contradições, dos conflitos. A delicadeza da interpretação de Marisa Orth foi um show à parte. Linda. Com timbres perfeitos de quem conhece o ofício e sabe o papel de uma atriz em uma leitura. Ficou a vontade de ver tudo pronto, de assistir Marisa mergulhada na personagem e descobrir por ela até onde tudo isso pode ir. É esperar a montagem prevista para o próximo ano. Conheço Juliana a alguns anos, desde os cursos de Samir Yazbek. E nada é mais delicioso que acompanhar a maturidade de uma artista. Parabéns, Ju. Ontem fizeste com que o teatro me trouxesse novamente um pouco da paixão.
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