feitos um só
Quarta-feira. Quando cheguei ao ensaio e vi Guilherme ainda com o braço imobilizado, um frio subiu pela espinha. Era preciso tomar uma decisão e esta tinha de ser imediata. As páginas do Uol e Terra divulgaram o retorno do espetáculo. Caracteres em programas televisos também. E tudo se resumiu em uma rápida pergunta: "Diego, você faz a peça amanhã?".
Um encontro. Mudanças em cima da hora no roteiro original. Uma noite de insônia.
Quinta-feira. O público nem imagina que será Diego o ator. Nas últimas horas, dedicamo-nos (Eu, Diego e Guilherme) não ao ensaio, mas à recriação. Outro início. Outros caminhos narrativos. Diego insistia em se colocar em risco, afinal, Entulho é uma peça performática. E decidimos que o dirigiria em cena.
O público. Diego. Eu, tremendo de ansiedade (literalmente) na luz e som, visível a todos.
A apresentação foi incrível. Diego foi ao limite de suas forças. Guilherme emocionado à homenagem feita em improviso. Lágrimas de quem gostaria de estar no palco. Lágrimas de quem soube ser grande e gentilmente conduzir um outro em seu lugar.
Segurei as minhas. Frutos da certeza de possuir hoje um grupo impressionante de atores. Desses que o futuro se vê brilhar nos olhos, na humildade em ser cúmplice em qualquer situação.
Dois meninos, ainda. Guilherme Gorski e Diego Torraca. Guardem esses nomes...
2 Comments:
Em cena, duas coisas chegavam aos meus sentidos: a respiração do Ruy que me conduzia por caminhos que eu nunca experimentara e a generosidade na emoção de quem era a razão de ser daquilo tudo, o Gui.Todos da Cia. de Teatro Antro Exposto pulsavam em mim.. .
By Anônimo, at 12:55 AM
E o quanto essa pulsação era presente, impressionava até aos mais acostumados.
Beijos,
RUY FILHO
By Ruy Filho, at 1:13 AM
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