Antro Particular

15 fevereiro 2011

Cultura Brasileira, uma quase ficção 3

capítulo 1.
falando baixo ao telefone.
Lula: Você pode falar?
alguém: Lula é você?
Lula: Escuta, to ligando pra te pedir desculpas.
alguém: Por que?
Lula: É que precisei falar contra você.
alguém: Mas...
Lula: A imprensa, a opinião pública, você entende, não é?
alguém: Pensei que fossemos amigos.
Lula: Negócios são negócios.
Ruído na porta.
Lula: Te ligo depois...

capítulo 2.
ao telefone.
Lula: Como você está?
alguém: Confuso.
Lula: Você fez muita merda. Nado do que não era esperado, mas as pessoas perceberam que você não era o que dizia.
alguém: Você me apoiou. Te recebi na minha casa.
Lula: Só que a coisa tá feia, e eu não posso ir contra a opinião dos outros.
alguém: Cínico!
Lula: Merda. Alguém chegou! Te ligo de...

capítulo 3.
ao telefone.
Lula: Me perdoa?
alguém: Acho que você tem razão. Esses anos no poder não consegui ser metade do que prometi.
Lula: Fez tudo errado. Você é muito atrapalhado.
alguém: Devia ter te ouvido com mais atenção.
Lula: E agora?
alguém: Vou terminar o que comecei e...
Lula: Espera! Que merda, de novo! Eu...

capítulo 4.
ao telefone.
alguém: Porra, Lula!
Lula: É que tô no meio da festa do PT. As pessoas querem falar comigo.
alguém: Pensei que a Dilma...
Lula: Falta simpatia. E as pessoas estão com medo dela.
alguém: Vi que ela passou por cima de todos. 50 bilhões!
Lula: Tá mandando mais do que eu.
alguém: E ela... me liga depois. Tá tendo uma confusão aqui.

capítulo 5.
ao telefone.
Lula: Achei que as coisas estivessem mais tranquilas pra você agora.
alguém: Nunca. Vai ser sempre assim.
Lula: Perder o controle é bem difícil. Deve ser triste.
alguém: Muito. Sempre tive boas intenções.
Lula: Também não é pra tanto.
Os dois tem um ataque de riso.
Marisa: Lula, você tá bem? Já tá no banheiro faz meia hora!

capítulo 6.
ao telefone.
Lula: Ela anda carente.
alguém: Abstinência do poder.
Lula: É que cortei cabeleireiro, estilista, essas coisas.
alguém: Ela supera.
Lula: E você supera essas derrotas todas?
alguém: Sinceramente, não.
Lula: Benvindo ao clube.
alguém: Não entendi.
Lula: Dos desempregados!
alguém: O que você quer dizer com isso?
Zé Dirceu: Lula, abre essa porta!

capítulo 7.
ao telefone.
Lula: O Zé tá bem inquieto.
alguém: Também, vocês deram todo poder ao Palocci.
Lula: Coisa da Dilma. Eu tirei, ela colocou de volta.
alguém: Me explica o que você disse antes.
Lula: Você tá em casa?
alguém: Onde eu estaria? Lula, você andou bebendo?
Lula: Sabe como é festa, né?
Zé Dirceu: Vou arrombar a porta e entrar de qualquer jeito!

capítulo 8.
ao telefone.
alguém: Que barulho é esse?
Lula: Fugi pela janela dos fundos. A festa é da Dilma, ela que controle os convidados e penetras.
alguém: Você bebeu, não devia ficar sozinho.
Lula: Eu sou sozinho.
alguém: O mundo te ama, não fale isso. Olha minha situação.
Lula: Você tá fodido.
alguém: Tô e muito.
Lula: Escuta, Mubarak...
alguém: De que você me chamou?

capítulo 9.
ao telefone.
alguém: Lula, eu não sou o Mubarak!
Lula: Não? Achei que...
alguém: Enlouqueceu?
Lula: É que pela conversa.... Você perdeu apoio político, meteu os pés pelas mãos, tem a imprensa contra. Não é o Mubarak?
alguém: Olha no celular. Você nem sabe pra quem ligou, não é?
Silêncio.
Lula: Porra, Obama, desculpa. O celular tava na discagem rápida.

capítulo 10.
Zé Dirceu: Lula estamos esperando você pra acender a vela.
Lula: Vai ter brinde?
Zé Dirceu: Vai, Lula, vai.
Lula: Então vamos.
Zé Dirceu: Você tá com saudade, não é?
Lula: E você não?
Zé Dirceu: É, Lula. Quem diria que chegaríamos a isso.
Lula: Ela não escuta ninguém. Só faz o que quer.
Zé Dirceu: Acho que nosso tempo acabou.
Lula: Será?

capitulo 11.
Lula: Fala pra nós Dilma!
Zé Dirceu: Olha o mico.
Lula: A Dilma é boa companheira, ninguém pode negar!
Zé Dirceu: Pelo amor de Deus, homem!
Lula: Ué, você não é comunista?
Zé Dirceu: Cadê a Marisa, porra?
Dilma: Vamos aos parabéns.
Lula: Um brinde pro PT.
Dilma: E pra puxar o coro, Ana de Hollanda.
Ana: Parabé...
Dilma: Lula você vomitou no bolo!
                                                                              

capítulo 12.
Aos prantos.
Ana: Ele fez de propósito.
Dilma: Foi sem querer. Ele não tem nada contra você.
Ana: Sabia que era a chance de eu lançar minha carreira.
Dilma: Ele só está perdido.
Ana: Não! Ele fez pra me humilhar.
Dilma: Você está exagerando, querida. Se acalme, sim.
Gritando
Ana: Então manda ele largar o microfone e parar de cantas as músicas do Gil!

capítulo 13.
Dilma: Agora fica quieto aí e deixa eu cuidar da festa!
Lula: Discurso! Discurso!
Dilma: Bebe essa água, vai. Tem uma pessoa esperando no telefone pra falar com você.
Lula: Tô bem. Pode passar.
Dilma: Tem certeza? Não vai me meter em confusão.
Lula: Alô?
alguém: Lula? É o Mubarak. O Obama me disse que você quer falar comigo.

capítulo 14.
Horas depois...
Mubarak: Não tinha como me manter. Quase trinta anos, a coisa se desgastou num nível perigoso. A droga da internet. Fiz o que você falou: expulsei jornalistas, tentei manipular a mídia, mas foi pouco. O que você faria no meu lugar?
Lula: Tem que ter o povo do teu lado. Sem ele, não dá.
Mubarak: Como?
Lula: E por que você acha que eu torço pro coringão?

capítulo 15.
Mais algumas horas depois...
Mubarak: Imagino o quanto você está sofrendo. E como você está? Precisa de alguma coisa? Deve ter algo que eu possa fazer pra te ajudar. Bebendo desse jeito. Deve estar difícil ai.
Lula: Muito.
Mubarak: E Dilma não pode intervir?
Lula: Não quer se envolver. Caralho, pensei que iria ser mais fácil. Me ajuda. Traz o Ronaldo de volta...

capítulo 16.
Lula descansando no quarto de hóspedes do Palácio da Alvorada.
A porta é aberta de forma violenta.
Ainda no escuro...
alguém: Você não tem o direito de fazer isso comigo. Não tem! E não me importa se você tinha bebido ou não. Você vai ter que se retratar.
Lula: Você gosta de futebol?
alguém: E se não gostar?
Lula: Quer ir comigo na despedida do Fenômeno?
capítulo final.
Fenômeno: É, presidente, agora sei o que você passou. Tudo tem um fim.
Lula: Você ainda tem a vida toda. Vai ser grande em muitas outras coisas, além do futebol e da barriga.
Os dois riem e se abraçam.
Fenômeno: Vai começar o hino do timão. Te encontro em casa.
Ana: Salva o Corinthi... Lula, liga já de volta a tomada do microfone!

epílogo imprevisto.
Fenômeno: Ana quer gravar um cd?
Ana: Sério?
Fenômeno: Se o Pelé tem, também quero.
No Jornal Nacional:
WB: Novo fenômeno do Fenômeno: a Min. da Cultura Ana de Hollanda grava um cd. O Acústico MTV foi negociado em troca de uma reunião com o Min. dos Esportes. Ele quer conversar sobre sua recente empresa de marketing esportivo para a Copa e Olimpíada.

1 Comments:

  • Texto interessante neste espaço, opiniôes como aqui está dignificam a quem quer que visitar neste blogue !!!
    Escreve muito mais deste web site, aos teus cybernautas.

    By Anonymous Anônimo, at 3:09 AM  

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